sábado, 11 de setembro de 2010

Obras de Lorca

Não se pode negar a Garcia Lorca o papel de um dos mais representativos poetas espanhóis das três primeiras décadas de nosso século, com expressiva repercussão até os dias atuais. Inegavelmente foi aquele que, conseguiu alcançar os patamares da fama e despertar maior entusiasmo dentre todos entre os de sua geração.

Na poesia lorquiana aliam-se, de maneira maravilhosa, todos os elementos da poesia e da alma espanhola. É o poeta da imagem plena de louçania e de originalidade, da sugestão, do verso musical e cheio de luzes interiores que brota com espontaneidade de seu coração...
Obra:

Bodas de Sangue é uma peça de teatro do espanhol Federico García Lorca (1898 - 1936), pertencente à trilogia formada por Yerma e A Casa de Bernarda Alba.

Em Bodas de Sangue, os cenários são a bela choupana da Noiva que vive isolada com seu Pai, e o casebre vizinho das vinhas de seu Noivo, que tem uma triste vida ao lado de sua desolada Mãe, que perdera filhos e marido em lutas por terra.

No dia das bodas aparece Leonardo, ex-namorado da noiva, que decide seduzí-la e relembrá-la do passado. Em meio à cerimônia do casamento, a noiva e Leonardo fogem, e desencadeiam uma série de perseguições pelo deserto espanhol.

Na obra, Garcia Lórca também explora a possibilidade do irreal. Lua e Morte ganham vida e, mais que isso, participam do desenrolar da trama, auxiliando a luta ritualística entre o Noivo e Leonardo.

Yerma é uma peça de teatro do poeta espanhol Federico García Lorca. Foi escrita em 1934, e apresentada pela primeira vez no mesmo ano. É uma obra popular de caráter trágico, ambientada em Andaluzia, no início do século XX. Yerma é uma mulher que vive o drama de não poder conceber um filho. Busca de todas as formas engravidar e enfrenta a indiferença do marido, Juan, que não demonstra nenhum interesse em compartir da sua angústia.

Em A casa de Bernarda Alba, seu único texto de teatro escrito em prosa, Lorca recorre ao simbolismo para realizar uma nova investida no teatro. Bernarda Alba, personagem central do texto, é uma matriarca dominadora que mantém as cinco filhas, Angústia, Madalena, Martírio, Amélia e Adela sob vigilância implacável, transformando a casa onde vivem, em um pequeno povoado na Espanha, em um caldeirão de tensões prestes a explodir a qualquer momento.

Com a morte de seu segundo marido, Bernarda decretara um luto de oito anos e submete suas filhas à reclusão dentro das frias paredes de sua casa e das janelas cerradas. Duas das moças, porém, apaixonadas por um mesmo galanteador das redondezas, um rapaz de vinte e cinco anos chamado Pepe Romano, desencadeiam no meio daquele luto uma disputa cruel e perigosa para conquistarem o amor daquele mesmo homem, com conseqüências trágicas.

A construção central do drama de Lorca – a casa na qual uma família de mulheres solitárias é controlada por uma mãe centralizadora e tirânica – teria sido inspirada por uma família da pequena cidade granadina de Valderrubio, onde os pais do poeta tinham uma propriedade rural e conheceram certa Frasquita Alba, mãe de quatro filhas às quais comandava com mão de ferro e um homem de nome Pepe de la Romilla, que teria se casado com a filha mais velha de Frasquita por seu dote e, posteriormente, se envolvido com a mais jovem das irmãs. Dessa história real, Lorca apropriou-se da idéia de uma casa sem homens para compor o tema central de La Casa de Bernarda Alba, qual seja o lugar da mulher na sociedade espanhola.


Fonte: Wikipédia e Cultura Pará.

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